Nossa História

“dois corações, dois olhares. Cada um de nós viveu momentos únicos, mas juntos construímos 
um amor que une nossas narrativas. 

Venha conhecer como vemos a mesma história de maneiras diferentes.”

Sob o olhar dele...

Nos conhecemos em novembro de 2020 logo quando cheguei de uma temporada de 3 anos em Portugal. Nosso único contato foi por meio de reações a fotos nas redes sociais com amigos em comum.
Fato importante é que um mês antes eu havia voltado a orar por essa área da minha vida ⁣-relacionamento. E fui bem específico com o Senhor em oração. Pedi a Deus uma mulher que se posicionasse e me tirasse de qualquer zona de conforto que eu já vivesse ou viesse a entrar. Uma mulher com personalidade e amor incondicional ao Senhor.
Quando regressei ao Brasil, e já tendo orado ao Senhor e reagido a algumas fotos, conseguimos nos encontrar presencialmente na igreja. Ela me cumprimentou com “bem-vindo de volta, irmão!” e nada mais. Dura na queda, né?!
Um momento marcante, depois de algumas conversas por Instagram, foi quando após um culto ela me pediu ajuda para buscar a mala de uma amiga que iria viajar. Como bom cavalheiro, fui. Depois fui deixá-la em casa, juntamente com duas amigas e não tinha nada para elas jantarem. Mostrando proatividade, fui na minha casa buscar todos os insumos necessários para um cardápio raiz: cuscuz de forno… que não saiu como planejado. Preciso confessar que estava bem nervoso e desorientado.
Mesmo desse episódio, não surgiu gancho para nos vermos novamente e já fui para casa na mesma noite, pensando o que nos aproximaria. A ideia que me veio foi juntar a minha necessidade de ter comunhão novamente com pessoas da igreja e de estar próximo a ela — já que não tinha quase nenhuma forma de acessar sua vida. Ô mulher reservada! Planejei um grupo de estudo, que acabou sendo apenas grupo de dois, até hoje.
Nos aproximamos, a frequência de encontros aumentou, as conversas também e decidimos namorar. Para selar esse momento, fiz um jantar especial para a família inteira e pedi sua mão.
Tempos depois, noivamos. E aqui estamos, há poucos passos de firmar essa relação para sempre no altar do Senhor.
Mesmo os momentos difíceis — questões de saúde, término e recomeços, desafios da vida — foram decisivos para construir o que temos hoje: amor, cumplicidade, amizade e uma fé comum no Deus que restaura todas as coisas.

Sob o olhar dela...

Conheci o Carlos Augusto de “ouvir falar” por meio de amigos em comum: um cara que reunia os amigos em sua casa, cozinhava bem, servia com dedicação à comunidade local, havia ido estudar em Portugal — e agora estava de volta na cidade do interior.
Quanto a mim, estava vivendo uma estação ambígua — por um lado, focada no trabalho, desenvolvendo habilidades, crescendo no Senhor. Por outro, lidando com a recidiva do câncer do meu avô, que impactava a todos nós. Sempre amei família, mas algumas marcas da vida me fizeram deixar de lado esse plano sensacional do Criador. Já aconteceu por aí também?!
Então… Ele comentou numa foto minha em que eu estava segurando uma câmera, produzindo conteúdo para a igreja e logo começou a interagir por mensagens no Instagram. Para completar, ainda “usou” uma amiga como cupida. Por meio de um ato de gentileza, ele foi parar lá em casa, fazendo um cuscuz (bem seco, por sinal), mas que revela um pouco do seu coração — ele é um homem servidor.
O detalhe importante é que em parte desse período minha família quase toda foi diagnosticada com COVID-19. Uns internados, outros isolados em Fortaleza. Eu estava sozinha em casa, lidando com algumas pressões na empresa e buscando em Deus sabedoria para conduzir esse momento delicado e incerto.
Lembro claramente da mensagem que recebi dele enquanto lidava com orientações jurídicas em relação à pandemia. Ele queria saber como eu me sentiria se ele cozinhasse para mim de novo. Nessa noite jantamos panqueca com molho branco ao som de Ella Fitzgerald e Louis Armstrong. O bichinho é sabido!
Foram dias de aguardar com paciência o retorno da minha família e de ler mensagens gentis, de esperança e genuíno interesse por mim. Ele inventou até um grupo de estudo, acreditam?! Tô esperando o resto do grupo até hoje. Nesse ínterim, fui me acostumando com a ideia de desacelerar um pouco e me permitir namorar, sonhar com família de novo.
Vivemos coisas lindas juntos… Leves, engraçadas, regadas a amor e boa comida. Mas nossa relação foi sendo forjada em momentos difíceis também. Internações e macas de hospital, choros no chão do quarto, orações e muito trabalho. Ele sempre esteve comigo. Cuidando de mim, cuidando dos meus como se fossem dele.
Precisei superar tantos traumas. Mas ele permaneceu acreditando por nós dois, quando foi necessário.
Me emociono ao pensar em quanta coisa passamos nesses 3 anos de relacionamento. O quanto precisamos crescer, abdicar e crer que conseguimos fazer diferente. Que o Deus que nos uniu é poderoso para nos conduzir refletindo quem Ele é.
Somos um casal imperfeito, sabe?! A gente depende da graça do Pai para permanecer firmes, enquanto Ele usa a nossa própria relação para nos lapidar. Olho para nós e vejo o agir de um Senhor que transforma cinzas em beleza, luto em serenidade e uma história de dores em uma jornada de Redenção e milagres.
E está só começando!